Eu tenho poucos amigos. De verdade. Não tenho o número exato de pessoas que formam partes importantes da minha vida. Tenho apenas a convicção do que eu sou ao estar com elas.
Existem pessoas em mim que me são caras por serem engraçadas. Outras, porque riem das minhas piadas sem graça. Umas pessoas que se encarregam de me ver sorrir. Outras, de me fazer sorrir.
Existem pessoas em mim que eu vejo o tempo todo. Outras, que passo muito tempo sem ver. Umas, que se eternizam na minha retina. Outras, que o destino apagou sem eu perceber.
Existem pessoas em mim que a vida levou por distância. Outras, que a distância se fez a própria vida. Umas, que a saudade é sintoma de afago. E outras, que o medo de perder é absurdo.
Existem pessoas em mim que não reclamam de nada, que me olham com carinho e jamais sentiram pena de mim. Outras, que reclamam seus postos, que me olham com orgulho e jamais seguirão em frente sem antes piscar pra mim.
Existem pessoas em mim que são pais e mães de verdade. Outras, que são irmãs e irmãos para todo o sempre. Umas, vem com os laços selados de sangue. Outras, com o amor cravado nos ossos.
Existem pessoas em mim que só me procuram quando precisam de um beijo, de um afago, de carinho e/ou de um conselho. Outras, que me procuram por acreditar que sou eu quem precisa de tudo isso.
Existem muitas pessoas em mim...
Eu sei.
Existem muitas estrelas no céu...
Eu sei.
E eu jamais aprendi a contar Amigos!
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